terça-feira, 7 de outubro de 2008

2 - As informações já não dependem apenas dos jornalistas para circularem. Um exemplo disso foi a rápida difusão das fotos tiradas por passageiros do metrô em Londres minutos depois dos atentados ocorridos em julho de 2005. Diante dos fatos, qual é o novo papel da mídia na sociedade digital?

Por Alex Miranda e Michelly Dupim

De fato as informações já não dependem do jornalismo para a circulação nos novos meios de comunicação. A internet permite a qualquer pessoa divulgar textos, arquivos de áudio, vídeos e imagens em larga escala, mas a produção em massa e por muitas pessoas não garante a precisão e a qualidade da informação. Neste contexto, no qual muitos podem, o papel da mídia passa a ser o de agregar conteúdo, tecnologia e informação à notícia a ser divulgada.

Embora as novas mídias, como os blogs, por exemplo, não sejam exclusivamente ferramentas para o jornalismo, a cada dia se torna mais comum o uso deste meio para a veiculação de notícias. Criado para divulgar dados pessoais e/ou públicos, o blog exerce grande papel na comunicação, uma vez que agrega a tecnologia a favor da informação. Além do mais, diferente das mídias tradicionais, o blog permite uma participação mais ativa do leitor, seja através de comentários ou no fornecimento de informações.

As novas mídias, por ter uma maior abrangência no contexto social, uma vez que ela é mais econômica e mais ágil, deve ter compromisso com o conteúdo distribuído. O leitor está mais atento a esse processo, considerando a sua participação nesse novo modelo de mídia. Isso não exclui o trabalho do jornalista, que agora tem o compromisso de apurar melhor o conteúdo, sem se esquecer da responsabilidade ética sobre a informação.

Apesar de serem grandes focos de discussão, essas novas mídias se consolidam, agregando valores, unindo cultura, entretenimento e novas tecnologias. Contudo, cabe ao leitor a função de filtrar o que elas oferecem.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A comunicação e as novas tecnologias


Não bastasse as poucas vagas no mercado de trabalho para o jornalismo e a ausência de uma política que determine quem pode exercer essa função, os futuros profissionais da área também flertam com a crescente das novas mídias. O crescimento no número de pessoas que podem produzir informações é visível, a internet talvez seja o meio pelo qual se encontra a maior expressão dessa comunicação livre. Os Blogs, Videologs, Fotologs, Podcast e o chamado Jornalismo Participativo parecem mesmo ditar as novas convergências da comunicação.


Toda essa transformação das novas mídias favorece a divulgação de notícias em grande escala. Há uma facilidade imensa em produzir e publicar assuntos na internet por meio dos mecanismos citados no parágrafo anterior. Além disso, existe uma interação entre essas mídias e seus usuários, como nos blogs e no jornalismo participativo por exemplo. Nesse último, em alguns casos é possível até alterar textos de outro usuário e publicar complementos à matéria exposta, já o blog permite postar comentários e críticas ao conteúdo do mesmo. Essas novas tecnologias têm levado a uma mudança na forma de se fazer jornalismo, muitos meios de comunicação já tomam posse desses modelos para a produção dos programas.


O rádio figura como um dos primeiros a absorver esta nova forma de noticiar. Grande parte das emissoras conta com a participação de internautas para produzir informações através do Jornalismo Participativo, forma em que o público ajuda na produção das pautas e notícias postando informações no site da rádio, e também por meio de Podcast, gravações de programas expostas no site e disponível para downloads. Dessa forma o ouvinte já não fica mais preso aos horários da rádio, podendo baixar o programa para ouvir quando e quantas vezes quiser.


A tendência é que essas novas formas de veiculação de informações sejam mais usadas pelos meios de comunicação. Aquelas notícias que antes estavam mais distantes da publicação em função de uma restrição imposta por qualquer motivo, agora pode ser facilmente divulgada. Imagens de celulares ou qualquer outro dispositivo portátil, ganha importância e freqüentemente é a principal arma na divulgação da notícia. Uma amostra disso são as imagens de tortura registradas na guerra do Iraque, as quais roubaram a cena, tomando páginas da internet por meio de videologs e fotologs, além de serem absorvidas por outras mídias.


De fato, parece claro que o jornalismo está passando por mais uma transformação. Se boa ou ruim, ainda é cedo para dizer. Para o conceito de democracia, talvez pudéssemos considerar um avanço positivo, mas deve-se preservar alguns cuidados. Afinal, muita quantidade nem sempre compreende o conceito de qualidade. É preciso, portanto, verificar a veracidade do que está publicado.